Rossilena Marcolino de Souza, auditora de controle externo do Tribunal de Contas de Rondônia, carrega uma história que transcende o esporte e inspira a todos que a conhecem. Aos 56 anos, com uma trajetória repleta de conquistas, ela continua a se dedicar com paixão ao paradesporto e à inclusão em todos os espaços. E, claro que no ambiente esportivo não seria diferente.
Durante a OTC Jalapão 2024, Rossilena compartilhou sua história em uma entrevista emocionante concedida à ANOSTC, revelando os desafios e as vitórias que moldaram sua vida.
Desde jovem, o esporte foi um elemento transformador em sua rotina. “Minha inserção no esporte começou com corridas de rua promovidas pelo SESC. Depois, migrei para o paradesporto, onde conquistei títulos regionais, nacionais e mundiais”, contou Rossilena. Ela relembra sua evolução no atletismo, passando de posições modestas para o topo do pódio, quebrando recordes brasileiros e alcançando destaque internacional em competições como as que foi convocada: Argentina, Alemanha, Inglaterra. Nesta última, conquistou o primeiro título mundial desportivo do estado de Rondônia. “Foi um feito maravilhoso, tanto para o meu orgulho pessoal quanto para o meu estado”, afirma, com um brilho nos olhos.
Participante ativa das Olimpíadas dos Tribunais de Contas desde 2019, quando estreou em Manaus, Rossilena valoriza a OTC não apenas como uma competição, mas como um espaço de congraçamento e aprendizado. “A OTC é um momento ímpar, uma oportunidade de conhecer pessoas, trocar experiências e se inspirar”, declarou. Para ela, eventos como esse são um reflexo do potencial inclusivo do esporte, um ambiente onde as diferenças são superadas e a união prevalece. E enfatiza: “a acessibilidade é porta para inclusão, e todos nós podemos abri-la”
A trajetória de Rossilena, no entanto, não foi isenta de dificuldades. Ela enfrentou e superou as barreiras impostas pela sequela da poliomielite, uma doença que a acometeu aos 12 meses (um ano) de idade devido à falta de vacinação. Mesmo com as limitações físicas, ela nunca permitiu que a condição definisse quem ela é. “A sequela da poliomielite não me limitou para a vida. Pelo contrário, me impulsionou a ir além”, disse. Sua história ressalta a importância da vacinação e da luta por uma vida digna, independentemente das circunstâncias.
Durante a OTC Jalapão, Rossilena participou de modalidades como Dama, Xadrez, Dominó e Bocha, e já se prepara para novos desafios na OTC Mercosul Foz 2025, onde planeja competir no Tiro Esportivo e no Tênis de Mesa. “Praticar esporte está em mim como uma rotina de vida. E me encanto a cada OTC, vendo o engajamento crescente dos atletas e o apoio das administrações para essas participações”, destacou.
A inclusão é um dos pilares que Rossilena defende com fervor. Ela ressalta a necessidade de melhorias constantes na acessibilidade de eventos esportivos, desde a hospedagem até os locais de prova e transporte. “Nada sobre nós, sem nós”, afirma, reiterando a importância de envolver pessoas com deficiência nos processos de organização. Para ela, o esporte é mais do que competição; é uma ferramenta de reabilitação física e social, um espaço de integração e transformação de vidas.
Com a experiência de quem já conquistou títulos e quebrou barreiras, Rossilena faz um convite entusiástico: “Quero te encontrar em Foz do Iguaçu, na OTC 2025! Venha participar dessa festa maravilhosa que transforma vidas e nos une em torno do esporte.”
A história de Rossilena é um poderoso lembrete do que é possível alcançar com determinação e apoio. Seu exemplo ilumina o caminho para uma maior inclusão e acessibilidade no esporte, inspirando tanto atletas quanto organizadores a construir um futuro mais justo e acolhedor para todos.